O sol brilha no Japão

Muitos jogadores de grandes clubes brasileiros sonham em atuar na Europa, mas uma parte deles ainda se aventura a jogar em países com um futebol que é pouco conhecido pelos torcedores brasileiros, como é o caso do Qatar, China, Coreia do Sul e Japão. Um exemplo de brasileiro que conseguiu ter algum destaque na Ásia foi o hoje ex-atacante Wagner Lopes, que chegou ao Japão no ano de 87 para jogar pelo Nissan Motors (hoje Yokohama Marinos) junto com o então zagueiro Oscar, que foi titular da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 82 e encerraria a carreira de jogador na equipe japonesa.

O hoje técnico Wagner Lopes comandou o Albirex Niigata (foto: J.League Photos) em 2017 e treinou o atacante Rony e o meia Thiago Galhardo

Pouco tempo depois, foi a vez de Zico chegar ao Oriente, no ano de 91, para jogar pelo Sumitomo Metals (hoje Kashima Antlers) e foi a partir da ida do maior ídolo do Flamengo que o futebol japonês se transformou. Outros brasileiros mais conhecidos o seguiram, tais como Dunga, Jorginho e Leonardo, todos com passagem pela Seleção Brasileira, além de alguns jogadores europeus bastante conhecidos que estavam em final de carreira, como o inglês Lineker (que foi contratado pelo Nagoya Grampus Eight) e o italiano Schillaci, que atuou pelo Júbilo Iwata (que depois contrataria Dunga).

No Brasil ainda existe até hoje um certo preconceito de que japonês é perna de pau (o que mudou com a ida de alguns deles para alguns times da Europa). Hoje, o time japonês mais conhecido dos brasileiros é o Kashima Antlers, atualmente dirigido por Ranko Popovic.

Para atrair jogadores consagrados em final de carreira ou talentos sem potencial para figurar nas grandes equipes da Europa, o Japão começou a formar a liga profissional (ainda nos anos 60) com times criados por grandes empresas que se interessavam em investir no esporte, tais como as grandes montadoras de carros do país ou ainda as empresas de eletrônicos e outras. Mas foi só a partir de 93, com a criação da J League e a unificação das ligas amadoras, é que a competição começou a ter aspecto de torneio competitivo com equipes fortes e cada vez mais talentos em final de carreira chegando para ajudar a tornar o esporte mais conhecido entre os japoneses.

Depois de alguns problemas financeiros das principais equipes do país, hoje o Campeonato Japonês é estruturado em dois turnos com outras duas Copas nacionais, a Copa Nabisco (equivalente à Copa da Liga na Europa e que dá direito ao campeão de disputar a Copa Suruga) e a Copa Imperador (que é a competição mais antiga do país – anterior até a formação da J League – e é semelhante às Copas nacionais na Europa). Curiosamente, a pontuação “universal” do futebol (3 pontos por vitória, 1 por empate para cada time e nenhum por derrota ao perdedor) foi adotada apenas em 2003 porque até então eram atribuídos dois pontos por vitória na prorrogação e um ponto por vitória nos pênaltis.

O que continua a atrair os jogadores ao Japão é o dinheiro, porque o título do campeonato local dá ao time campeão 300 milhões Ienes (cerca de 10 milhões Reais). Isso ainda é pouco perto do que o Campeonato Brasileiro oferece ao time vencedor (o campeão recebe algo em torno de 48 milhões de Reais), mas não deve demorar muito para que o Japão resolva esta questão.

Quais os principais atrativos do Campeonato Japonês (além do aspecto financeiro) na sua opinião?

Negócio da China

No ano de 98 o hoje comentarista Muricy Ramalho já tinha começado a carreira de técnico de futebol e deixou o Brasil para comandar o Shangai Shenhua, time que naquele ano conquistou a Copa da China sob o comando dele. Na época o Campeonato Chinês não tinha visibilidade para os demais países, mas isso mudou em anos recentes com os investimentos feitos na compra de jogadores estrangeiros, como o meia Ricardo Goulart, que defende o Guangzhou Evergrande, e também de técnicos mais consagrados.

O meia-atacante Ricardo Goulart (foto: UOL Esporte) atua pelo Guangzhou Evergrande desde 2015, mas teve uma curta passagem por empréstimo ao Palmeiras neste ano

O futebol na China teve a primeira liga profissional criada em 1994, com o nome de Liga Jia-A, mas apenas oito anos depois, em 2002 é que foi tomada a decisão estabelecer uma liga profissionalizada de clubes do país, que teve a primeira disputa dois anos depois, em 2004. Em anos recentes, o número de times na primeira divisão chinesa é de 16 clubes, que é um número inferior aos campeonatos europeus (com 18 a 20 times em média na primeira divisão) e também do Campeonato Brasileiro, que conta com 20 equipes na primeira divisão.

Com muito dinheiro injetado pelas empresas nos clubes locais, o Guangzhou Evergrande pagou €18 milhões (R$ 48 milhões) para contratar o atacante Ricardo Goulart, que veio do Palmeiras, e ele é atualmente o principal jogador do time, além de ser um dos melhores da Superliga Chinesa (1a divisão do país). Embora o aspecto financeiro seja um dos principais atrativos, uma passagem pela China não abre portas para os jogadores irem para outras ligas na maioria dos casos.

Entre os homens, a China participou apenas de uma Copa do Mundo 2002 no masculino, mas entre as mulheres o desempenho é melhor, porque o país esteve em oito Copas do Mundo e conseguiu um vice-campeonato, uma 4a colocação e foi  quatro vezes eliminada nas quartas de final da Copa do Mundo. Para mudar um pouco este cenário entre os homens, a Federação Chinesa convidou recentemente os meias Ricardo Goulart e Elkeson (que atua pelo Shangai SIPG) a se naturalizarem e assim defenderem o país que busca a classificação para a próxima Copa do Mundo, em 2022 no Qatar.

Quais são os principais atrativos da China (além do aspecto financeiro) para os jogadores estrangeiros na sua opinião?

Um olhar brilhante

Em mais uma das histórias raras que só o esporte é capaz de proporcionar, o ponta nigeriano Lookman, da Atalanta da Itália, teve a noite mais gloriosa da carreira, aos 26 anos de idade, quando conseguiu o feito de marcar três gols e ajudar a equipe de Bérgamo a vencer o poderoso Bayer Leverkusen, da Alemanha, na final da Liga Europa, que foi disputada em Dublin, na Irlanda. Aos 26 anos, Lookman chegou à Itália em 2022, quando terminou o empréstimo com o Leicester City da Inglaterra e o RB Leipzig, da Alemanha, que o tinha emprestado ao time inglês, o negociou com a Atalanta por €15 milhões.

O ponta nigeriano Lookman (foto: ge.globo.com), da Atalanta da Itália, levanta a Taça da Liga Europa ao lado da família

Da mesma forma que vários africanos, o nigeriano Lookman nasceu na Inglaterra e até chegou a jogar pelo English Team (Seleção Inglesa) nas categorias de base, o que é permitido pelos estatutos de elegibilidade da Fifa, e ao se tornar profissional optou por defender a seleção da Nigéria, em que já marcou seis gols em 21 jogos. Em clubes, a carreira do jogador nigeriano começou no Charlton Athletic, da Inglaterra, e depois seguiu para o Everton, também da Inglaterra, até ser comprado pelo RB Leipzig, da Alemanha, em 2019, depois de um período emprestado no ano anterior. Na temporada 20/21 ele foi emprestado pela equipe alemã ao Fulham, da Inglaterra, e na temporada seguinte, a de 21/22 ao Leicester City também da Inglaterra, até ser comprado pela Atalanta, da Itália, em 2022, pelo valor de 9.3 milhões de euros. 

Em agosto de 2022, o jogador nigeriano assinou um contrato de quatro anos (até 2026) com a equipe italiana e desde então tem marcado gols decisivos nos jogos do time de Bérgamo, que certamente tentará manter o jogador por mais tempo, depois da grande atuação diante do Bayer Leverkusen. Com o desempenho na final, Lookman se tornou apenas o quarto jogador na história a marcar três gols em uma final de competição europeia. Antes dele, apenas Puskás e Di Stéfano, ambos pelo Real Madrid, contra o Eintracht Frankfurt, na decisão da Copa dos Campeões Europeus (atual Champions League) de 1960, e Pierino Prati, pelo Milan, contra o Ajax, em 1969, no mesmo torneio. Puskás também fez três gols na final contra o Benfica, em 1962.

Representantes do Barcelona da Espanha acompanharam a partida disputada em Dublin e muito provavelmente devem começar a monitorar mais de perto o jogador, que tem o valor de transferência inicialmente fixado em 30 milhões de euros (cerca de 165 milhões de reais). Caso decida se transferir para a equipe catalã, Lookman teria a concorrência de Ferran Torres, Raphinha, Lewandowski, João Félix e Vitor Roque por uma vaga no ataque da equipe catalã.

Qual a chance de Lookman se transferir para o Barcelona em julho deste ano na sua opinião?

Um presente de Fernando Diniz para a torcida do Flu

Com os títulos do Campeonato Carioca e da Taça Libertadores, ambos conquistados no ano passado, e também da Recopa Sul Americana, vencida há um mês atrás, diante da LDU Quito, do Equador (que tinha derrotado a equipe Tricolor das Laranjeiras na final da Libertadores de 2008), o técnico Fernando Diniz, que completou 50 anos no dia 27 de março, deu a volta por cima, depois de uma curta passagem na função de técnico interino da Seleção Brasileira. Como retribuição pela conquista do inédito título da Libertadores, a diretoria do Fluminense assinou já no ano passado uma renovação de contrato com o técnico, e o novo contrato será válido até o final do ano que vem.

O técnico Fernando Diniz (foto: odia.ig.com.br) ajudou o Fluminense a conquistar o inédito título da Taça Libertadores, no ano passado, e a Recopa Sul Americana, no começo deste ano

Nos tempos em que era jogador, Fernando Diniz era meio-campista, e jogava muitas vezes tanto na posição de volante quanto na função de meia. Mas, segundo ele mesmo, se ele fosse o seu próprio treinador, iria recomendar para que ele fosse apenas o segundo volante, porque, na visão dele, a função de meia normalmente é para os jogadores mais criativos que decidem o jogo, o que não era a característica dele.

Quando perguntado sobre a eterna discussão entre os técnicos que foram jogadores e aqueles que apenas se prepararam para a função, sem ter sido um jogador profissional, Diniz argumenta que teve muitos bons treinadores que não foram jogadores profissionais. Segundo ele, o maior desafio é que este técnico demonstre ter competência para fazer um bom trabalho, independente do fato de ter jogado profissionalmente ou não.

No começo da carreira de técnico, Fernando Diniz também se formou em Psicologia pela Universidade São Marcos, em São Paulo, no ano de 2012, em que o TCC dele foi sobre a importância da liderança do técnico em uma equipe de futebol. Este projeto foi feito em parceria com Leonardo Simões dos Santos, que ainda hoje se dedica ao tema da Psicologia e atualmente é um doutorando em uma universidade no Paraguai.

Quais as contribuições que o técnico Fernando Diniz pode trazer para o futebol brasileiro na sua opinião?

Uma derrota que marcou uma geração

No início dos anos 90, o Palmeiras assinou um contrato de patrocínio em forma de cogestão com a empresa italiana de produtos alimentícios Parmalat, que desde 2019 é uma subsidiária do grupo francês Lactalis. Durante o período em que durou a parceria do patrocínio, a equipe paulista conquistou vários títulos estaduais, alguns nacionais até finalmente conquistar a primeira Taça Libertadores, no ano de 99.

O então lateral-direito Cafu (foto: trivela.com.br) do Palmeiras, disputa a bola com os jogadores do Grêmio, durante a partida entre os times, válida pelas quartas de final da Taça Libertadores de 1995

No ano de 1993, o Palmeiras foi campeão paulista diante do rival Corinthians e conquistou o Campeonato Brasileiro também naquele ano, quando venceu o Vitória na final. No ano seguinte, a equipe paulista foi campeã novamente dos dois troféus, depois de vencer o rival São Paulo no Campeonato Paulista e o Corinthians para ser campeão brasileiro de 94.

Com o título nacional em 93, o Palmeiras disputou a Taça Libertadores no ano seguinte, em que foi eliminado precocemente pelo rival São Paulo. O Tricolor paulista chegaria à final do torneio sul americano, em que seria derrotado pelo Vélez Sarsfield da Argentina nos pênaltis.

O título do Campeonato Brasileiro de 94 permitiu ao Palmeiras que disputasse a Taça Libertadores do ano seguinte, no ano de 95. Depois de superar o Bolívar da Bolívia nas oitavas de final, a equipe alviverde foi eliminada pelo Grêmio, que na época era comandado por Luiz Felipe Scolari, e tinha conquistado a Copa do Brasil do ano anterior, ao vencer o Ceará.

O blogueiro dedica este post ao economista e engenheiro industrial Marcelo Frontini (que fez aniversário ontem) e ao engenheiro mecânico Marcelo Montaño (que faz aniversário amanhã) que são torcedores do Palmeiras.

Qual das duas eliminações da Taça Libertadores do Palmeiras foi a mais marcante na sua opinião?

Adversário indigesto

Bastante conhecida mundialmente pelo bacalhau, a Noruega até hoje tem sido um adversário indigesto quando joga contra o Brasil. Nos quatro jogos disputados entre os dois países até hoje, os noruegueses venceram dois e empataram nas outras duas partidas.

O lateral-esquerdo Roberto Carlos e o atacante Tore Andre Flo (foto: sportskeeda.com) disputam a bola no jogo entre Brasil e Noruega na Copa do Mundo de 98 na França

O primeiro jogo disputado entre Brasil e Noruega foi um amistoso realizado em Oslo no ano de 1988, que terminou empatado em 1 a 1, com o gol norueguês marcado pelo atacante Fjortoft e o centroavante Edmar anotou o gol brasileiro. Nove anos depois, em 1997, os dois países disputaram mais um amistoso na capital norueguesa, que terminou com a vitória dos anfitriões por 4 a 2, com dois gols de Tore Andre Flo, um de Rudi e outro de Ostenstad para os noruegueses, enquanto que e Romário e Djalminha marcaram para o Brasil.

O único jogo oficial disputado entre os dois países foi na Copa do Mundo de 98, realizada na França, em que a Noruega venceu o Brasil por 2 a 1 e garantiu a segunda colocação no grupo para se classificar para a próxima fase, onde seria eliminada pela Itália já nas oitavas de final do torneio. Na ocasião, o atacante brasileiro Bebeto marcou para o Brasil, mas o atacante Flo e o meia Rekdal garantiram a vitória norueguesa em Marselha.

O último jogo entre Brasil e Noruega foi um amistoso disputado no ano de 2006 em Oslo, quando o meia Pedersen abriu o placar para os noruegueses e depois o meia Daniel Carvalho empatou o jogo para o Brasil. Neste ano, existem oito períodos disponíveis para a disputa de amistosos oficiais da Fifa (em que, em tese, todos os clubes são obrigados a liberarem os jogadores convocados pelas seleções): entre 18 e 26 de março, depois entre 2 e 10 de setembro, também entre 7 e 15 de outubro e finalmente de 11 a 19 de novembro. Entre os dias 3 e 11 de junho também é um período reservado para amistosos, mas as seleções da Europa não participarão dele, porque a Eurocopa deste ano começa a ser disputada a partir do dia 14 de junho.

Qual será o resultado do próximo jogo entre Brasil e Noruega na sua opinião?

Ele agora é que convive com l’ombra di (a sombra de) Ancelotti

Logo que foi apresentado na Seleção Brasileira, o técnico Fernando Diniz foi perguntado por um dos jornalistas presentes na entrevista coletiva se ele tinha conversado com o italiano Carlo Ancelotti sobre a primeira convocação que ele tinha feito, e se Ancelotti eventualmente teria aprovado os nomes que Diniz escolheu. De uma forma calma, o então técnico interino da Seleção Brasileira disse que conversou com o italiano somente para saber a condição física, técnica e de que forma Ancelotti usava os jogadores do Real Madrid que ele queria convocar.

Por uma série de motivos, Diniz não obteve os resultados esperados pelo presidente Ednaldo Rodrigues e deixou a Seleção Brasileira para se dedicar exclusivamente ao Fluminense, time que ele dirige desde 2022. Em seguida, a tentativa foi pelo nome de Ramon Menezes, que era o técnico das equipes da Seleção Brasileira Sub-20 e Sub-23, que é usada nos Jogos Olímpicos, apesar do Brasil não ter se classificado para as Olimpíadas de Paris neste ano.

Ramon se tornou o técnico da Seleção Brasileira Sub-20 em 2022 depois de treinar o Vitória em 2021 e assumiu também a equipe Sub-23 desde o ano passado. Em 2023 ele comandou o Brasil nas conquistas do Campeonato Sul Americano e dos Jogos Pan Americanos, ambos disputados no Chile, em que o Brasil venceu os anfitriões chilenos nos pênaltis na decisão dos Jogos Pan Americanos, mas foi eliminado por Israel nas quartas de final do Mundial Sub-20 na Argentina.

Com alguns resultados ruins no comando da Seleção Brasileira principal, Ramon deixou a função depois de três jogos, em que perdeu para Marrocos, venceu a Guiné e foi derrotado de novo por Senegal. Com o não definitivo de Ancelotti para comandar o Brasil, o presidente Ednaldo Rodrigues resolveu escolher o técnico Dorival Júnior, que treinava o São Paulo para dirigir a seleção e os dois primeiros desafios dele no comando da Seleção Brasileira serão os amistosos contra a Inglaterra em Londres (no dia 23 de março) e diante da Espanha em Madri, três dias depois. Para substituir ele o Tricolor paulista trouxe o técnico Thiago Carpini do Juventude, que escolheu Roger Machado, cujo o último tinha sido no Grêmio em 2022, antes de ser contratado pela equipe alviverde de Caxias do Sul em janeiro deste ano.

Veja os jogadores convocados por Dorival Júnior para os amistosos contra a Espanha e a Inglaterra (retirado do site globoesporte.com):

Goleiros: Bento (Athletico Paranaense), Léo Jardim (Vasco)* e Rafael (São Paulo)*;

Laterais: Danilo (Juventus-ITA), Yan Couto (Girona-ESP), Ayrton Lucas (Flamengo) e Wendell (Porto-POR);

Zagueiros: Beraldo (PSG-FRA)*, Bremer (Juventus-ITA), Fabrício Bruno (Flamengo)* e Murilo (Palmeiras)*;

Volantes: André (Fluminense), Andreas Pereira (Fulham-ING) e Bruno Guimarães (Newcastle-ING)

Meias: Douglas Luiz (Aston Villa-ING), João Gomes (Wolverhampton-ING), Lucas Paquetá (West Ham-ING) e Pablo Maia (São Paulo)*;

Atacantes: Endrick (Palmeiras), Galeno (Porto-POR)*, Raphinha (Barcelona-ESP), Richarlison (Tottenham-ING), Pepê (Porto-POR)*, Rodrygo (Real Madrid-ESP), Savinho (Girona-ESP)* e Vini Jr (Real Madrid-ESP).

* Jogadores com asteriscos foram convocados pela primeira vez para seleção

Quais dos jogadores convocados formariam o seu time titular?

Petkovic, um estrangeiro adotado pelo Brasil

Enquanto muitos jogadores sul americanos, especialmente os brasileiros, sonham em atuar em algum grande time do futebol europeu, o então meia sérvio Petkovic fez o caminho contrário e se tornou mais um estrangeiro a atuar no Brasil. Ele defendia gigante espanhol Real Madrid, mas era reserva na equipe e chamou a atenção do Vitória, que disputava o torneio Troféu Cidade Palma de Mallorca na Espanha contra a equipe madrilenha.

Na época em que atuava nos gramados Petkovic (foto: http://www.brasildefato.com.br) defendeu o Vitória entre 97 e 99

Depois de impressionar os dirigentes do time baiano ao marcar justamente na partida entre o Real Madrid e o Vitória, a equipe brasileira fez uma proposta ao jogador sérvio, que aceitou e veio para o Brasil. Da equipe baiana, Petkovic só sabia que era o time em que tinha jogado o então atacante Bebeto.

Com algum destaque na equipe baiana, Petkovic teve uma breve passagem pelo Venezia da Itália, mas rapidamente voltou ao Brasil para jogar pelo Flamengo, clube que ele também tinha enfrentado no torneio espanhol. Mesmo com um grande destaque pelo rubro-negro carioca (em que foi campeão brasileiro), ele ainda defenderia os rivais Fluminense e Vasco, ajudando o clube cruz-maltino a ser campeão carioca.

Sem tanto destaque, Petkovic também atuou pelo Goiás, Atlético Mineiro e Santos no Brasil, além de ter defendido o Al Ittihad da Arábia Saudita e o Shangai Shenhua da China. Com bastante projeção no Brasil, hoje Petkovic se tornou comentarista esportivo, que é marcado pelos comentários críticos e enérgicos sobre algumas situações.

Qual a posição de destaque que o sérvio Petkovic ocupa na história do Campeonato Brasileiro na sua opinião?

Irmãos unidos pela bola

Desde que decidiu se tornar jogador de futebol pelo Botafogo de Ribeirão Preto, Raí teve que conviver com a ‘sombra’ de ser irmão de Sócrates, que também começou a carreira pelo time do interior paulista e depois se tornou o maior ídolo do Corinthians e líder da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 82. Mas Raí superou isso, ao se tornar também ídolo do São Paulo (onde venceu o Paulista, o Brasileiro, a Libertadores e o Mundial), ter sucesso na Europa (sendo ídolo do PSG da França enquanto que Sócrates teve uma curta passagem pela Fiorentina da Itália) e ser campeão com a Seleção Brasileira, que conquistou a Copa do Mundo em 94, ainda que Raí não tenha tido tanto destaque nela.

Raí e Sócrates (foto: br.jetss.com) começaram a carreira no Botafogo de Ribeirão Preto e depois se destacaram também na Seleção Brasileira

Na Europa, os irmãos dinamarqueses Michael e Brian Laudrup Michael Laudrup tiveram carreiras distintas, tanto dentro quanto fora das quatro linhas. Michael, que é o irmão mais velho está sem clube desde 2018 na função de técnico e jogou com destaque por Barcelona, Real Madrid e Juventus, enquanto que o irmão caçula Brian não teve uma carreira de grande destaque nos gramados, mas passou com algum sucesso pelo Rangers da Escócia e atualmente dirige uma academia de futebol para jovens carentes.

Na Itália, os irmãos Simone e Filippo Inzaghi tiveram carreiras opostas dentro dos campos, em que Filippo fez parte da Seleção Italiana que conquistou a Copa do Mundo em 2006 e Simone conquistou o scudetto (Campeonato Italiano) na temporada 99/00 quando defendia a Lazio, mas depois que encerraram as respectivas carreiras de jogadores, os dois se tornaram técnicos e desta vez foi Simone quem se deu melhor até o momento. Simone Inzaghi atualmente comanda a Lazio e já venceu a Copa Itália uma vez e também tem duas conquistas da Supercopa da Itália (em que o vencedor da Copa Itália joga contra o campeão do Campeonato Italiano), enquanto que o irmão mais velho Filippo Inzaghi, atualmente técnico do Benevento, ainda não conquistou títulos com a prancheta.

Na Holanda, os gêmeos Frank e Ronald de Boer tiveram uma carreira de destaque nos gramados, quando atuaram juntos tanto pelo Ajax quanto pelo Barcelona e também pela seleção do país. Depois de pendurarem as chuteiras, os dois ainda continuaram dentro dos gramados, com Frank na função de técnico, em que atualmente comanda o Al Jazira dos Emirados Árabes, enquanto que Ronald é assistente no Ajax.

Na Inglaterra, os irmãos Gary e Phil Neville tiveram uma carreira de sucesso quando atuaram juntos pelo Manchester United quando eram jogadores. Gary Neville atualmente é comentarista do canal de TV Sky Sports enquanto o irmão mais novo Phil está sem clube, depois de comandar a Seleção Inglesa feminina e também o Inter Miami, time dos Estados Unidos que tem o ex-companheiro Beckham como um dos donos.

Quais as vantagens e desvantagens de ter um irmão que seja um jogador de futebol famoso na sua opinião?

Conversa de torcedor com jogador

O Resenha ESPN é um programa transmitido pelos canais ESPN em que o visual é inspirado em um vestiário de um time de futebol, mantendo os lugares individuais para os comentaristas e convidados. O programa, que trata sobre assuntos gerais ligados ao futebol, é apresentado pelo jornalista André Plihal, que serve de mediador para os jogadores Fábio Luciano, Djalminha e convidados, que normalmente são técnicos, dirigentes, ex-jogadores ou jogadores em atividade.

Na seção ‘Invasão de campo’, os fãs do esporte podem interagir com os convidados (foto: Arquivo) por meio do Twitter com a hashtag do programa

Os ex-jogadores Marquinhos e Paulinho McLaren foram os convidados do programa exibido no final de semana da Páscoa de 2019, em que o blogueiro fez uma pergunta a Paulinho McLaren (na foto acima) sobre a passagem dele pela Portuguesa, lembrando de um jogo disputado contra o Corinthians em 95. Na resposta, o ex-jogador da Lusa lembrou que estava em um contra-ataque e tinha pela frente os zagueiros Henrique e Célio Silva e deu um toque na bola para depois fazer o giro sobre o marcador.

Mas a bola, ao invés de ir na direção dele, foi para o lateral-direito Vítor, e o centroavante saiu na frente. Foi então que o zagueiro Célio Silva o segurou pela camisa e a rasgou por ter puxado ela. Paulinho McLaren a mostrou ao árbitro Márcio Campos Sales, que disse ao atacante que teria sido o próprio Paulinho McLaren que teria rasgado a camisa de propósito. O então centroavante disse que pagaria a camisa do jogo, caso o árbitro conseguisse provar que tinha sido ele que teria rasgado a camisa de propósito.

O programa do Resenha ESPN foi idealizado pelo canal de TV por assinatura em parceria com a Elis Produtora, do ex-lateral-esquerdo argentino Sorín, e é exibido toda sexta-feira às 21h30, com reprise à meia noite de domingo para segunda-feira. Além de Fábio Luciano e Djalminha, o Resenha conta em seu time de comentaristas com nomes que marcaram época no futebol brasileiro e internacional, como Zé Elias e o uruguaio Diego Lugano.

Quais poderiam ser dois convidados para o programa na sua opinião?